Mortandade de peixes em Estância acende alerta para possível crime ambiental no Sul de Sergipe

Moradores suspeitam de contaminação provocada por indústria; Ambev confirma erosão próxima à tubulação de efluentes e paralisa produção

Uma mortandade de peixes registrada no município de Estância, no sul de Sergipe, vem preocupando os moradores da comunidade do Rio Fundo, que temem a ocorrência de um crime ambiental. Desde a última segunda-feira (28/04), peixes mortos começaram a aparecer em grande quantidade, provocando indignação e alerta entre os ribeirinhos.

A principal suspeita da comunidade recai sobre uma indústria de cervejas instalada na região, que, segundo os moradores, pode estar lançando efluentes contaminados nas águas do rio. O caso chamou a atenção de autoridades ambientais locais.

Secretaria do Meio Ambiente de Estância investiga causas

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Estância informou que equipes técnicas foram ao local para coletar amostras da água e conversar com a população. As análises visam identificar a origem da contaminação e responsabilizar eventuais infratores ambientais.

“Estamos acompanhando de perto a situação e todas as providências cabíveis serão adotadas”, afirmou um técnico do órgão, em nota.

Ambev confirma erosão de solo próxima a tubulação de efluentes

Em nota oficial, a Ambev, responsável pela unidade instalada nas proximidades do local afetado, informou que, por meio de monitoramento ambiental preventivo, identificou uma erosão de solo próximo à tubulação de efluentes da fábrica.

A empresa afirmou que:

  • A produção foi imediatamente paralisada após a detecção do problema;
  • Estão sendo executados reparos emergenciais na área afetada;
  • O caso foi comunicado às autoridades ambientais competentes;
  • Os efluentes da unidade são 100% tratados em estação com tecnologia avançada, seguindo critérios técnicos e legais.

A cervejaria reiterou o compromisso com a gestão ambiental responsável e com a transparência na comunicação de riscos.

Impactos ambientais e preocupação da comunidade

O episódio levanta preocupações sobre o equilíbrio ecológico da região, especialmente para comunidades que dependem diretamente do rio para pesca e subsistência. Moradores relatam forte odor, água escura e ausência de peixes vivos nas margens.

Organizações ambientais já se manifestaram e cobram ações rigorosas de fiscalização por parte dos órgãos competentes, além de transparência nos laudos ambientais.

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