By Redação 
A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), unidade de referência em alta complexidade da Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe (SES), emitiu um alerta sobre os cuidados com bebês recém-nascidos com sintomas respiratórios, como os causados pela bronquiolite, especialmente nos meses mais frios do ano, quando há aumento nos casos da doença.
Segundo a unidade, os pais e responsáveis devem estar atentos a sinais de dificuldade respiratória e buscar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou em serviços de urgência pediátrica. É fundamental manter a vacinação em dia e adotar medidas preventivas, como evitar o contato dos bebês com pessoas gripadas.
O que é bronquiolite e como ocorre a transmissão?
A bronquiolite é uma doença respiratória viral que acomete principalmente crianças com menos de um ano de idade, sendo responsável por cerca de 75% das hospitalizações infantis nesse grupo etário. De acordo com a pediatra Roseane Porto, diretora técnica da MNSL, a infecção causa inflamação dos bronquíolos — pequenas vias aéreas dos pulmões —, podendo levar a quadros graves de insuficiência respiratória.
“A transmissão do vírus acontece pelo ar, por meio de tosse ou espirros, além do contato com saliva e superfícies contaminadas. Por isso, é essencial a higienização constante das mãos e evitar beijos e compartilhamento de objetos com os bebês”, explicou a médica.
Quando e onde buscar atendimento?
A Maternidade reforça que não possui serviço de urgência e que mesmo os bebês nascidos na unidade devem ser levados para UBSs ou unidades de urgência pediátrica de referência. Em caso de necessidade de internação, os pacientes serão encaminhados conforme os protocolos da rede estadual de saúde.
Imunização com palivizumabe
Como forma de prevenção da bronquiolite grave, especialmente em bebês prematuros ou com problemas cardíacos ou pulmonares, a SES disponibiliza o palivizumabe, um anticorpo monoclonal indicado para proteger contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) — principal causador da bronquiolite.
O imunizante é recomendado para:
- Bebês prematuros com menos de 28 semanas de gestação;
- Crianças com até dois anos de idade com cardiopatia congênita em uso de medicação;
- Prematuros com displasia broncopulmonar.
A aplicação ocorre em cinco doses mensais durante o período de maior circulação viral. Na MNSL e no Ambulatório de Seguimento, onde são acompanhadas crianças nascidas prematuras até os dois anos de idade, já foram aplicadas três doses:
- 1ª dose: final de fevereiro
- 2ª dose: março
- 3ª dose: 28 de abril
As 4ª e 5ª doses estão previstas para os meses de maio e junho, concluindo o ciclo de proteção.